quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Tão diferente que não sei explicar / Por Victor mateus



Por algum motivo desconhecido fui parar nos primeiros posts publicados aqui no blog. Faz meses que se passaram desde o dia que resolvi desabafar pro mundo o que apertava meu peito e não me deixava dormir. Eu ainda lembro os motivos, geralmente tenho que falar sobre isso quando me perguntam como tudo começou, mas é estranho imaginar que um dia fui aquele garoto.
A melhor – e também pior – parte de escrever é que você nunca se livra completamente de um sentimento ou pensamento.
Sei que os dramas da humanidade vão se dissolvendo aos pouquinhos nos compromissos e obrigações da vida adulta, nas experiências e desilusões, mas é sempre um choque voltar lá no começo e lembrar que um dia a gente viu a vida daquele jeito e jurava, de pé junto, que sabia das coisas. Que amava de verdade. Que tinha todas as respostas. Um plano infalível pra realizar todos os nossos sonhos.
Não vou mentir. Dessa ingenuidade eu realmente sinto falta. As coisas são mais simples quando você não tem a menor ideia do que tá fazendo. Sem lembranças ruins a gente não tem o que temer, né? As músicas são só músicas. As ruas são só ruas. A hora de dormir é a hora de dormir e pronto.
Às vezes penso que eu devia ser mais corajoso e impulsivo. Outras horas percebo que aprendi a me preservar mais. Minhas prioridades mudaram. O sentimento. Todo mundo tem um esconderijo. Ele só vai ficando mais cabalístico com o tempo. A sorte é que algumas pessoas não desistem nunca de nos ajudar a chegar lá. Nunca estamos completamente sós. Ainda bem!
Isso tudo só foi um jeito de  falar que eu Victor Mateus leite Caetano, estava com saudade desse mundo que criei. Não sabia como começar então decidi fazer o que faço dar algum motivo.

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