O amor não bate em nossa porta. Ele entra sem pedir licença, bem de devagarzinho, pela fresta esquecida. Percorre lentamente seu caminho, desviando de qualquer obstáculo e chegando até você. Acelera seu coração. Não adianta se esconder embaixo da cama, do passado ou praticar qualquer teoria de desapego. Conselhos nunca serão um motivo forte o suficiente. O final da história não existe até passar pelo começo. Antes de dormir, agora, você faz planos. Todos eles se parecem por um único motivo. Pequenas pistas são deixadas no chão do quarto.
Você está cansado. Sua cabeça abraça seu travesseiro. Algum tipo de descarga elétrica acontece dentro do seu coração. Isso é raro. Lembranças acontecem. O nó na garganta não deixa a voz sair bem naquele momento. Antes das atitudes, as palavras; antes das palavras, os pensamentos proibidos. Ao contrário do que dizem, o amor não tira do chão. Ele nos ensina a voar mais alto. As horas de solidão olhando para o teto se transformam em minutos de alegria e expectativa que serão sempre lembrados por fotografias encontradas no seu consciente.
O final feliz existe. Não existe certo ou errado. O melhor caminho é sempre aquele que te faz olhar ao redor e perceber os pequenos detalhes. As pegadas vão se apagando com a chuva. Por fim, você ainda consegue enxergar todas aquelas estrelas brilhantes no céu. Pois o sol vai nascer todo santo dia para te confundir um pouco mais. Quando abrir os olhos amanhã, será um pouco menos complicado. Vai tentando viver. Com companhia de quem se importa e descubra a saída do labirinto.
Este texto foi parar no blog da minha amiga, Larissa de Souza Escritora de Gaveta.
Obrigado e volte sempre!
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